19 de Outubro | 2022 - Por Nelson Wilians

A desculpa da falta de tempo

 
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Não sei exatamente o quanto em comum você tem com Jeff Bezos, Elon Musk, Warren Buffett, Jorge Paulo Lemann e tantos outros bilionários. Mas uma coisa eu tenho certeza de que você tem e eles também: 24 horas por dia.

Eles podem ter jatos, carrões, ser muito ricos, mas não conseguiram criar um dia com mais de 24 horas. Até onde eu tenho conhecimento, o dia deles tem a mesma duração do que o de qualquer outro pobre mortal. E, vale lembrar, eles têm dezenas de empresas, milhares de funcionários e uma fortuna imensa para administrar.

Não podemos praguejar: o tempo é extremamente justo ao dar igualmente a todos os mesmos segundos e minutos de cada hora.

Porém, um dos grandes mitos que se criou no cenário corporativo é o da falta de tempo.

A falta de tempo é um hábito tão difundido que, praticamente, passou a ser usado como um remédio sem contraindicações, e descaradamente.

“A suposta grande miséria do nosso século é a falta de tempo” (John Fowles).

Concordo que o tempo, às vezes, é escasso para se fazer tudo da forma que gostaríamos de fazer. Mas usar a falta de tempo para deixar de fazer é mesmo uma desculpa esfarrapada.

E como não é possível fazer o dia ser mais longo do que é, a melhor maneira de aproveitá-lo bem é administrando-o bem.

O tempo realmente é um dos bens mais importantes nos negócios. Por inferência, uma das chaves do sucesso de Bezos, Musk, Buffett, Lemann foi saber usar bem o tempo para realizar os seus projetos.

No início da minha carreira de advogado e empreendedor, o meu dia parecia muito curto. Com o passar do tempo, percebi que desperdiçava boa parte dele com coisas sem importância. Passei, então, a ser mais seletivo e a me concentrar 100% naquilo que, de fato, era importante para os meus negócios e meu sucesso pessoal e profissional.

Esse tema, a falta de tempo, me ocorreu após ler um artigo sobre liderança que me recordou do Método Pomodoro (até o nome é saboroso).

O método é um processo de gestão do tempo, que foi desenvolvido pelo universitário italiano Francesco Cirillo, no final dos anos de 1980. E foi batizado assim em razão do temporizador de cozinha que ele usou, em formato de tomate.

O objetivo do Método Pomodoro é “reduzir o impacto das interrupções externas e internas no foco e fluxo de trabalho”.

Com ajuda de um cronômetro, o trabalho é dividido em intervalos —chamados de Pomodoro. Cada intervalo trabalhado geralmente dura 25 minutos, e as pausas, entre 3 e 5 minutos. A duração de cada Pomodoro dependerá da natureza do trabalho a ser realizado e sua preferência pessoal, é claro.

Em síntese, Cirillo desenvolveu esse método com a ideia de que o gerenciamento de distrações é a fórmula para se manter o foco, com pausas regulares e bem espaçadas.

Há uma vasta literatura sobre o Método Pomodoro e outros que nos ajudam a gerir melhor as nossas 24 horas diárias. Então, “tudo o que temos que decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado” (JRR Tolkien).

Mas lembre-se: a falta de tempo pode ser falta de direção. E, concorde ou não, você está certo. “Até um relógio parado está certo duas vezes ao dia”.

Por

  1. Nelson Wilians Fratoni Rodrigues
  2. CEO e Sócio-Fundador

  3. São Paulo/SP

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