22 de Novembro | 2022 - Por Dr. Nelson Wilians

Por que tinha que ser cobras?

 
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Há alguns dias me deparei com a íntegra de um discurso que Steven Spielberg fez para formandos da Universidade de Harvard, em 2016.
Com uma carreira imensamente bem-sucedida como diretor, roteirista e produtor, Spielberg é responsável por filmes como Indiana Jones, Tubarão, Jurassic Park, entre tantos outros blockbusters.
O discurso chamou minha atenção pelo exemplo de vida e por estar repleto de indicações sobre empreendedorismo.
Ele começa perguntando à plateia: “Quantos de vocês levaram 37 anos para se formar?
Spielberg começou a faculdade na adolescência, mas no segundo ano a Universal Studios ofereceu a ele o “emprego dos sonhos”, como ele próprio afirma.
“Eu disse aos meus pais que se minha carreira no cinema não fosse bem, eu me matricularia novamente… Deixei a faculdade porque eu sabia exatamente o que eu queria fazer.”
Tenho a mesma compreensão: siga a placa de suas aspirações e não perca tempo dando voltas para fazer o que gostaria de fazer. Busque encontrar os meios para realizar seus objetivos e vá em frente.
Outro trecho do discurso que destaco é sobre direcionamento profissional. Spielberg utiliza a atitude de alguns de seus personagens como exemplo.
“O que você escolhe fazer a seguir é o que chamamos nos filmes de “momento de definição do personagem. Esses são momentos com os quais você está muito familiarizado, como aquele em que Indiana Jones escolhe a missão ao invés do medo de saltar sobre um monte de cobras”.

“Cobras”. Por que tinha que ser cobras?” (Indiana Jones, Caçadores da Arca Perdida). As frases de personagens do cinema que coloco aqui não estão no discurso.

Essa é uma grande lição: o sentido de missão nos faz superar os medos. Nem cobras, caras feias ou falta de recursos podem nos barrar quando estamos mergulhados na concretização de uma missão.
Spielberg toca ainda em um tema que tive a oportunidade de abordar recentemente, sobre nossas decisões na juventude: “…porque nos primeiros 25 anos de nossas vidas, somos treinados para ouvir vozes que não são nossas. Pais e professores enchem nossas cabeças com sabedoria e informação, e, depois, empregadores e mentores tomam seus lugares e explicam como esse mundo realmente funciona.”
Podemos aprender com a experiência de outras pessoas, mas não podemos nos acomodar em fazer o mais fácil, que é simplesmente concordar por conveniência ou convivência.

“Se você quer deixar seu nome em algo bom, pare de colocá-lo nas lápides de outras pessoas” (Ian Malcolm, O Mundo Perdido: Jurassic Park).

E Spielberg aconselha: “Ouça aquela voz que lhe diz o que você pode fazer. Nada vai definir seu personagem mais do que isso. Uma vez que me voltei para a minha intuição e me sintonizei com ela, certos projetos começaram a me puxar para eles, enquanto me afastava de outros.”
O cineasta ainda explica a diferença entre intuição e consciência. “Elas trabalham em conjunto, mas sua consciência grita: ‘aqui está o que você deve fazer’, enquanto sua intuição sussurra: ‘aqui está o que você poderia fazer’. Ouça aquela voz que lhe diz o que você pode fazer”.
É preciso encontrar a medida correta para que essa receita dê certo, com a intuição guiada pela razão. “É como encontrar uma agulha em uma pilha de agulhas”, diria o Capitão Miller, de O Resgate do Soldado Ryan.

Spielberg encerra: “E eu imaginei muitos futuros possíveis em meus filmes, mas você determinará o futuro real…”
Em 2002, com 55 anos, Spielberg se matriculou novamente na faculdade para completar seu Bacharelado em Cinema e Mídia Eletrônica. Fez isso, segundo ele, não pelos pais, mas pelos filhos.

“Nós não seguimos mapas para tesouros enterrados, e um X nunca, nunca marca o local” (Indiana Jones e o Templo da Perdição 1984).

Por

  1. Nelson Wilians Fratoni Rodrigues
  2. CEO e Sócio-Fundador

  3. São Paulo/SP

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  • imprensa@nwadv.com.br
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