18 de Janeiro | 2023 - Por Nelson Wilians

Você é capaz de dizer qual foi o seu pior erro ao longo de sua carreira? Quantos maus contratos já fechou?

 
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Há poucos dias vi uma postagem do empresário Abílio Diniz em que ele dizia que o maior erro em sua vida talvez tenha sido o contrato com o grupo francês Casino, em 2005, quando foi definida uma maior capitalização no Grupo Pão de Açúcar.

O arrependimento de Diniz não era pelo negócio em si, mas pelo contrato malfeito.

A síntese da postagem era que ele faria o negócio novamente, mas com um contrato melhor.

Uma grande lição, com certeza, pois o que está no papel é o que prevalece.

A partir desse relato, busquei algumas histórias semelhantes. E lembro aqui a do licenciamento e merchandising dos produtos Star Wars entre a Fox e o diretor George Lucas. Em troca de uma redução nos honorários do diretor, a Fox entregou a ele os direitos de todas as receitas de mercadorias e licenciamento da marca Star Wars, atrelada a um dos maiores blockbusters do planeta como sabemos.

Entre brinquedos, acessórios, eventos, camisetas, cadernos, objetos de decoração e até eletrodomésticos, a Star Wars já movimentou mais de 20 bilhões de dólares.

Quanto à Fox, a estimativa é de que tenha economizado de 20.000 a 50.000 dólares com a redução do salário de Lucas.

Outro caso que vire e mexe retorna à mídia americana é o de Ronald Wayne, que em 1976 fundou a Apple ao lado de Steve Jobs e Steve Wozniak.

Com medo, à época, de que seus ativos pudessem ser confiscados se o negócio falisse, duas semanas depois da fundação da gigante de tecnologia, ele se desfez de sua participação na empresa, que era de 10%, por apenas 800 dólares. Um ano depois, ele recebeu mais 1.500 dólares por concordar em abrir mão do direito a quaisquer reivindicações futuras contra a Apple.

Wayne era extremamente avesso ao risco e não poderia prever que a Apple se tornaria a corporação mais valiosa do mundo. Sua participação de 10% valeria hoje cerca de US$ 80 bilhões.

Um acordo nos primeiros anos da Premier League na Inglaterra entre o Chelsea Football Club e o jogador Winston Bogarde em 2000, também se destaca. Uma semana após a contratação do jogador, o técnico que havia pressionado por sua compra foi demitido do clube. O novo técnico não via Bogarde da mesma forma e não pretendia colocá-lo no time titular.

Após inúmeras tentativas fracassadas de transferência para um outro clube, o jogador optou por simplesmente cumprir seu contrato no Chelsea. Nos quatro anos em que permaneceu lá, fez apenas 12 jogos. Uma estimativa aproximada coloca o salário de Bogarde em 700.000 libras por jogo, ou quase 5 milhões de reais.

Como se nota, os contratos são a base do mundo dos negócios, podem ser simples ou complexos, só não podem ser negligenciados e deixar de prever todas as possibilidades.

Como ensina o empresário Abílio Diniz: “Não deixe nada ao acaso. Se tiver que brigar, brigue na hora do contrato”. Esse é o momento em que, se não der certo, cada um ainda pode ir para o seu lado, sem prejuízos.

Por

  1. Nelson Wilians Fratoni Rodrigues
  2. CEO e Sócio-Fundador

  3. São Paulo/SP

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